quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ela... Nua e Crua

Foi sem ao menos que ele percebesse as horas.
E como elas voavam diante da tua presença!
E ao mesmo tempo o surpreendia,
Pois tudo avançava lentamente.

Tudo era revelado:
Um cheiro, uma textura de pele...
Aqueles fios escuros e cumpridos ao lado dele,
E aquele brinco que nem ao menos era pra estar ali.

Um abraço mais e tudo desmoronou-se.
Ali ela estava: nua e crua.
Não sabia o porque ele fazia,
E mesmo sabendo que era errado, o fez.

O dia amanhaceu.
Ele não conseguiu parar de pensar.
Suspiros, revolta, desejo, remorso...
Aquilo o corruia e o deixava ainda mais confuso.

Ele continua lembrando do adeus frio.
E se quer compreende o por que depois daquele abraço.
Mas hoje entende que o erro o libertou,
Que o fez entender o significado de uma verdade.



Finalizo.
Murilo de Carvalho

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