sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Rabiscos do Tempo


Em prol dos velhos tempos, tudo tem se tornado apenas uma nova página. Mas nem falo de um novo livro, apenas de anotações. Essas são descritivas, minuciosas e preciosas em cada verso.
Medos e receios se foram juntamente com toda a preocupação e pressão de uma busca perfeita e incansável. Era um saco, perdoem-me pela expressão, mas só eu não percebia o quanto me aborrecia por esse estado volúvel.
E daí que o meu momento pode ser feito com leves sorrisos em um espelho quebrado? Qual a versão mais moderna que eu poderia sugerir a mim mesmo? Aliás, essa é a nova tendência.
Instabilidade, sinceramente nem ao menos me lembro de como era viver você. Gosto dessa rotina repleta de intensidade que me preenche e me ocupa. E tenho sobrevivido com um ar de ternura ao repousar.
Entretanto, a manhã chuvosa é algo que me desperta mais repleto de vontade, de ambição. Do que? Não tenho ideia alguma sobre, mas sei o quanto isso me faz bem. E mereço, depois de todo aquele percurso pelo deserto.
Sem flores, sem jardins, sem aqueles gramados e montanhas verdejantes, por enquanto. Deixe os caminhos se formarem, só quero trilhar e fazer parte daquilo que ainda nem sei o que é. Deixar florescer? Quem sabe?


Finalizo.
Murilo de Carvalho