quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ela... Nua e Crua

Foi sem ao menos que ele percebesse as horas.
E como elas voavam diante da tua presença!
E ao mesmo tempo o surpreendia,
Pois tudo avançava lentamente.

Tudo era revelado:
Um cheiro, uma textura de pele...
Aqueles fios escuros e cumpridos ao lado dele,
E aquele brinco que nem ao menos era pra estar ali.

Um abraço mais e tudo desmoronou-se.
Ali ela estava: nua e crua.
Não sabia o porque ele fazia,
E mesmo sabendo que era errado, o fez.

O dia amanhaceu.
Ele não conseguiu parar de pensar.
Suspiros, revolta, desejo, remorso...
Aquilo o corruia e o deixava ainda mais confuso.

Ele continua lembrando do adeus frio.
E se quer compreende o por que depois daquele abraço.
Mas hoje entende que o erro o libertou,
Que o fez entender o significado de uma verdade.



Finalizo.
Murilo de Carvalho

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Tinta de Sangue

Certa vez escreveram meu nome na areia.
Percebi então o quanto ele era simples.
Apenas algumas letras
E aquilo já poderia ser usado para mim.

Descobri depois de algum tempo
Que nomes podem ser reinventados.
Novas formas, novos tamanhos...
Mas mesmo assim usado para mim.

E daí ganhei apelido.
Um não, alguns.
E da mesma forma
Todos usados para mim.

Mas nada do que foi posterior
Tirou-me a identidade.
Continuei sendo o mesmo.
Com novos adjetivos usados para mim.

Quem seria capaz de fazer com que tudo isso mudasse?
Talvez um grande livro
Escrito com letras douradas
Era ouro usado para mim.

Enquanto mantiver meu coração aberto
Conheço novos nomes, novos apelidos.
Mas de qualquer forma,
Só aquela caneta será usada para mim.



Finalizo.
Murilo de Carvalho

Contra Grimms

Os contos de fadas não são tão irreais assim.
Um dia sonhamos com o amor perfeito
E ele, então, acontece.
E daí vivemos felizes para sempre.

Não apenas mais um sapato perdido,
Nem uma carruagem.
Talvez não seja necessário uma maçã enfeitiçada
Para que com um beijo se possa acordar.

Às vezes não é preciso uma fada madrinha.
A mágica já foi realizada.
Do que adianta além desse sentimento
Para fazer com que tudo o que é sentido possa ser vivenciado?

O cavalo branco está pronto.
Há uma terra muito muito longe para se descobrir.
E tudo vale a pena
Desde que saibas o que se vê no espelho.



Finalizo.
Murilo de Carvalho

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Mix de Sabores

É tão impressionante como é a vida:
Nunca saberemos nosso futuro,
Mas mesmo assim fazemos planos
E sonhamos com um novo amanhacer.

Talvez esse tipo de sonho
Seja o nosso combustível diário.
Alimento-me hoje.
Digestão para amanhã.

A vida nova recomeça
Tudo realmente é novo.
Os passos ainda não tem muita direção.
Mas tudo vem com um novo sabor.

Logo mais novo ciclo,
Novo ritmo... Novo.
Não sei se importa o que sinto.
Mas simplesmente é incrível.

Prato do dia?
Maçã com escarola.
Já comeu?
Nem eu.



Finalizo.
Murilo de Carvalho

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O Um.

Era setembro quando te vi pela primeira vez.
Esse mês sempre foi tão especial pra mim,
Que nem ao menos imaginei
Que poderia ser você.

Depois de dois meses ouvi tua fala.
Pude notar, então, teu sorriso de perto.
Mas ainda era pouco.
Eu queria muito mais.

Foram apenas 3 dias
E os nossos braços causaram o melhor dos abraços.
O teu perfume ficava em minha camisa.
O teu gosto já não saía da minha boca.

O tempo se passou...
Entre idas e vindas conquistamos espaço.
Não um simples lugar,
Mas aquele do lado esquerdo.

Jantares, viagens, bebedeiras...
Brigas, discussões, ciúmes...
Abraços, beijos e tesão.
Presentes, planos e canções.

É complicado explicar o que nos une.
Sempre fui a favor de que os iguais se igualam,
Mas depois que teu amor me envolveu,
Sei que nossas diferenças nos completam.

Há anos esperei você.
Por anos sonhei com você.
Durante anos planejei você.
E hoje, um ano depois, eu tenho você.



Finalizo.
Murilo de Carvalho

sábado, 9 de outubro de 2010

Pés (novamente) Cansados

E eu estou aqui sentado...
É estranho quando você procura um chão,
mas apenas consegue ver algo:
aquilo que não queria.

Ele parece ser grande,
mas ao mesmo tempo mínimo.
Talvez não tão fundo,
embora pareça tão escuro que não vejo seu fim.

Agora eu entrei nisso.
E isso me aperta até doer as costelas.
Queria na verdade que essa fosse a única dor,
porque a que realmente sinto é bem maior.

Dentro dele mal sabe-se por onde olhar.
Não sabe se deve caminhar,
ou se apenas deve sentar-se.
Talvez eu ainda queira pular.

Mas depois que se entra
a única volta é por um sentimento muito difícil.
Não sei se posso olhar pra luz novamente.
O que sei é que tudo continua escuro.

'Tira-me daqui!'
Será que é o que quero gritar?
Será que é o que meu coração está pedindo?
Ou será apenas mais um forma de voltar pra isso um dia?



Finalizo.
Murilo de Carvalho

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Autobiografia que nem se escreveu

Nascia eu,
gordo, branco e com muito cabelo.
Assim dizia mamãe
com olhos brilhantes e de largo sorriso.

Bebê mais lindo que aquele hospital já vira.
Mas não é que até a velha coruja
acha seus filhotes tão lindos e em nada são.
No entanto, dizia que era.

Um mês de peito e já não queria mais...
O leite era fraco.
Partiu para mamadeiras e, logo,
sem nem mesmo engatinhar, já viriam os primeiros passos.

O macho e a fêmea disputavam pela primeira fala,
mas ela saiu nítida como nem se parecesse primeira
e para aquela que sempre esbanjou carinho.
Falei 'bobó' e a avó se derreteu em prantos.

De lá não parei mais.
Colégios, faculdades e ainda não saí da última.
Mas acho que é só questão de tempo.
Parece já estar traçado.

Seguir os passos da mãe e se dedicar ao ensino?
Talvez isso realmente seja algo que me realize.
Mas desde que um fato inusitado (e catastrófico) aconteceu,
Os sonhos foram trocados pela esperança.



Finalizo.
Murilo de Carvalho

domingo, 26 de setembro de 2010

Aquele céu brilhante...

Não era um simples mês,
Era um mês de tristezas.
E elas eram tão grandes
Que nem ao menos me recordo qual o mês.

Doia tanto ouvir uma música
E assim me lembrar do teu rosto.
Lembrar do cheiro, do sabor...
O coração estava destruído.

As lágrimas vinham como chuva.
Aquele sentimento me rasgava como um trovão.
E a distância entre nós aumentava a cada dia
Como se um vendaval nos afastasse.

Às vezes queria que o tempo voltasse
E eu pudesse sentir aquela dor novamente.
Não porque me fazia bem,
Mas porque me mostrava quanto amor eu alimentava.

Não adianta apenas estender as mãos.
Nem ao menos dizer que está ao meu lado.
Preciso de luz que faça flutuar
De um novo Sol ao amanhecer.

Faça-me novo. Reivente-me.
Se ainda preferir me mate todos os dias.
Peço isso não para que me esqueça,
Mas para que tenha a certeza do quanto te faria falta.



Finalizo.
Murilo de Carvalho

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Caro Setembro

Lembro-me de ti
Suave e harmonioso.
Um mês de surpresas
E principalmente de comemorações.

Éramos nós:
Novos, inocentes e esperançosos.
Comemorando aniversários e mais aniversários.
E quem disse que isso bastava?

Gostei daquele sonho
Sonhado todos os dias
E jamais concretizado
Por uma força muito maior.

Mas é muito mais bonito lembrar assim:
Das nuvens as quais nós flutuávamos.
Ou talvez, quem sabe,
Éramos nós quem fazia tudo flutuar.

Saudades de um mês que prolongou-se...
Mas saudades ainda mais de você que nunca chegou.
Sinto o beijo que nunca aconteceu.
Sinto o abraço que nunca me apertou.

Mas sonho a cada novo Setembro
Que você chegará.
E ainda que me despertará
Para novos e conquistadores sonhos.



Finalizo.
Murilo de Carvalho

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Nova Vida!

Dizem que tenho a mania de transformar tudo em poesia
Mas em que tipo de vida você vive?
Aquela que te faz rir e chorar,
Ou aquela que só anda pra trás?

Tenho a sensação de que agora
Os dias tem tido gosto.
Principalmente gosto de vitória.
Ou de conquista.

Não há nada mais saboroso
Nada que dá mais tempero à vida
Que a real essência de sentir-se vivo.
Que ter a sensação do sol tocando tua pele novamente.

Nem ao menos me lembrava como era o cheiro da manhã.
E hoje sinto cada cheiro que o ar me traz.
Tudo que antes era algo insignificante
Hoje tem sabor de magia.

Até o paladar para o amor tem outro sentido.
Não sinto mais que quero porque quero.
O querer tem uma nova motivação.
Motiva-me a saber qual é o real caminhar.

Desculpe-me se pareço subliminar demais.
Talvez superficial exacerbadamente.
Mas tudo o que me toca é por força divina.
E não penso em enlouquecer tentando entendê-Lo.



Finalizo.
Murilo de Carvalho

sábado, 31 de julho de 2010

Conceito Divino

Começo a entender o quão difícil é ser celestial.
Não importa como ou quando,
De alguma forma deve estar lá.
E também por aqui.

As pessoas culpam e se questionam:
Porque disso ou aquilo?
E culpam em tudo o mais alto dos céus.
Grande ignorância!

O mais fácil é lançar a culpa em outrem.
Pra se isentar de uma possível consequência.
Mas não é assim que acontece.
Pagamos por aqui.

Não acredito que Ele tenha escrito em linhas tortas.
O mais provável é que não saibamos interpretar.
Ou ainda, talvez,
Mal aprendemos a ler.



Finalizo.
Murilo de Carvalho

Incessante

Aquele andar já não é mais o mesmo.
Começo a perceber que a estrada é grande.
Mas também entendo que muito já percorri.
Então, porque não continuar?

Talvez sinto-me cansado em diversos percursos.
No entanto, a estrada continua a mesma.
Alguns obstáculos existem,
Embora eu saiba que posso passar por eles.

Buscando um oasis em meio ao sertão,
Começo a encontrar água límpida.
Nem ao menos sei o porquê procuro.
Mas aqui ainda tenho o melhor que há de mim.

Não deixo farelos pelo caminho.
Do que adianta sermos joões ou marias?
O que ficou para trás é somente uma história.
História que fará com que você alcance um novo destino.

Vamos entrar nessa jornada!
Arriscar sem medo de tropeçar.
Mas confiante de um novo ciclo.
Tendo a certeza de um renascimento.



Finalizo.
Murilo de Carvalho

terça-feira, 13 de julho de 2010

Culpado?

Resolvi encarar o que está fora das regras.
Mas quem as fez?
Por um não ou por um talvez,
Antes um falhar do que um não tentar.

A calmaria parece se estabelecer.
O preço a pagar é alto (ou não).
Mas aceito as consequências.
E, então, só ouço rumores.

Começo a viver os riscos de um crime.
Bem ou mal praticado, mas feito.
Mas o sabor alimenta a alma
E causa furor por mais um delito.

É como se sentisse o sangue correr pelas veias.
A adrenalina é grande a cada nova visita.
Um cárcere privado,
Embora com gosto de liberdade.

Sentença dada.
Ainda não sei por quantos meses, ou anos.
Pagarei cada dia com uma vontade nova:
A de renascer a cada sorriso seu.



Finalizo.
Murilo de Carvalho

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Trilheira

Penso em um sol que pode voltar a brilhar.
Lembro que talvez nem raios pode haver nele.
Um flutuar de espírito que age sem asas,
Pois cortadas com o tempo as mesmas foram.

Imagino-me de cabeça para baixo.
Tento ainda colocar o mundo dessa forma.
Mas gosto de como ele se encontra.
E a mim, então... Não me inverteria.

Tem uma sutileza de pranto.
Brota de mim, mas despeja-se nos olhos alheios.
Busco uma nova forma de vida.
Encontro-me em um caminho novo.

Em meio a verdes e amarelos...
Só encontro um azul trêmulo acima de mim.
Tons e mais tons de cores que ainda não conheço.
Caminho certo de um objetivo desconhecido.



Finalizo.
Murilo de Carvalho

domingo, 27 de junho de 2010

Hepta

Tudo começou com um número.
Depois foi acrescentado 7 dígitos.
E o tempo se passou.
Mas de acréscimo, apenas os dígitos e nada mais.

A minha cabeça entrava em pane.
O meu coração às vezes mal conseguia respirar.
E com nada novo eu me deparava.
Apenas novos dígitos.

Dei uma nova chance.
Investi em uma nova oportunidade.
Em vão trabalha o homem...
Mas quem disse em arrependimentos?

De peito aberto enfrentei.
Lutei como uma nobre batalha.
Mas não havia como estar em um tabuleiro;
Impossível jogar sozinho um jogo de duplas estando sozinho.

Retiro-me agora com todas minhas fichas e peças.
Deixo as minhas cores fora de todo esse jogo.
Embarco no meu mundo de sonhos,
Não obstante em busca de uma nova realidade.



Finalizo.
Murilo de Carvalho

terça-feira, 11 de maio de 2010

Amplitude do Coração

Porque quando eu te conheci
O sol ficou até mais quente.
O vento tinha maior velocidade
E até o frio era mais forte.

Toda essa intensidade nunca diminuiu.
No máximo se tornou estável.
E a grandeza da tua presença
Só me deu novos motivos para sorrir.

Hoje a intensidade tem plenitude.
Tem calmaria, maturidade.
E o amor?
Essa é a grande recompensa!



Finalizo.
Murilo de Carvalho

domingo, 25 de abril de 2010

(re)Começo

Teve um momento,
Teve um sorriso,
Teve uma fala,
Teve algo incrível.

A tua chegada se mostra viva a cada dia.
Meu coração às vezes pula por sentir tão grande alegria.
Não há como sentir que não é diferente.
O querer é meu novo desejo.

Fico sem palavras pra contar aos outros.
Tudo é novo, mas é certo.
E quando penso que posso te perder,
A loucura se instala.

Não sou perfeito o bastante pra você,
Nem nunca serei.
Mas o que sei é que eu posso:
Posso construir com você a nossa história.

Quero hoje poder te oferecer mais que ontem.
Mas menos que amanhã.
Minha meta é sempre renovar esse sentimento.
Pra que você não duvide o quanto eu quero você.

É o começo.
É um recomeço.
É um novo jeito de ser feliz.
É o jeito que vou te fazer feliz.



Finalizo,
Murilo de Carvalho

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Uma Nova Perspectiva

O céu mudou de cor.
A manhã se tornou mais calma.
Ainda não sinto o cheiro da noite,
Nem ao menos a vejo.

Sinto que o peso já não mora mais aqui.
Tenho vontade por novas metas.
Algo que ainda não planejei,
Mas algo que virá com os dias.

Quero sentir um frescor novo a cada brisa.
Mas não muito gelado.
Não consigo ser frio,
Por isso quero valorizar aquilo que está por vir.

Doce.
Assim quero enxergar meus novos dias.
Suave.
Assim quero que esteja minha alma.



Finalizo.
Murilo de Carvalho

terça-feira, 6 de abril de 2010

Instabilidade Climática

Fria manhã de um abril incerto.
As vontades e os desejos estão moídos.
A má noite de sono ensurdece
E ainda faz com que o cérebro fique em silêncio.

Relembro das manhãs calorosas.
Aquelas de um verão único.
Falta mais que um olhar.
Falta mais que uma simples paixão.

Quantas opções se disponibilizam.
Quantas e inúmeras são.
Mas qual o sentido de uma escolha
Se o poder da mesma já é fraco.

Penso sempre no talvez,
Ou às vezes no não.
Mas e a certeza daquele tão racional?
Daquele sim que se perdeu no orvalho da manhã?

Surgiu com o vento.
Transformou-se no vento.
Evoluiu-se na presença do vento.
Será que a brisa levará?



Finalizo.
Murilo de Carvalho

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Sede

Espero que eu entenda.
Espero que eu desista.
Espero que eu insista.
Espero que eu viva.

Não quero um suor.
Não quero uma lágrima.
Não quero um grito.
Não quero um movimento.

Posso entender lentamente.
Posso desistir insensatamente.
Posso insistir desesperadamente.
Posso viver compulsivamente.

Que meus poros entrem em combustão.
Que meus olhos trabalhem em sentimentos.
Que minha garganta seja incessante.
Que meus membros ajam por impulso.

Mas nem que eu espere ou queira.
Os movimentos podem ser em vão
Se acaso aquele choro sair de um grito inesperado.
Mas nunca em vão deixarei de ser insaciável.



Finalizo.
Murilo de Carvalho

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Por Trás dos Olhos

Tenho tentado enxergar por trás dos verdes.
Ver onde é o começo.
Sentir como está o meio.
E decifrar como pode ser um possível final.

Na verdade não é uma história
Faltam as reais características de uma:
Não há divisões de princípio.
E, assim, o que seria o recheio e o ‘grand finale’?

Talvez o sangue que corre por eles
Não é mais o sangue quente e fervente de antes.
Mas eu gostaria, realmente, que fosse.
Que tivesse aquele tal vigor.

Sinto saudade do brilho.
Brilho que antes era tão reluzente.
Às vezes até caia uma lágrima.
Uma intensa alegria.

Preciso mudar?
Precisas mudar?
Por onde começar?
Fecho os olhos?




Finalizo.
Murilo de Carvalho

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Voltas e Voltas

Eu, ainda não sei se eu, sou eu
Sei que antes de tudo eu amo,
Saberia melhor se eu pudesse
Ver tudo dentro do meu eu.

Foi pra mim uma curtição,
Passou o tempo e acabou.
Hoje eu amo.
Descobri que fui admirado,
Amado e trocado.

O tarde nunca é tarde
Para dizer ao coração que ele é capaz.
Tentei dar a volta por cima
Porem, não sei se estou por cima.
Por cima é o melhor?
Eu prefiro outra posição.

Quem disse que sou eu,
Só sei que o meu eu hoje é TEU.




PS: esse não é uma poesia escrita por mim, mas pra mim.