Penso em um sol que pode voltar a brilhar.
Lembro que talvez nem raios pode haver nele.
Um flutuar de espírito que age sem asas,
Pois cortadas com o tempo as mesmas foram.
Imagino-me de cabeça para baixo.
Tento ainda colocar o mundo dessa forma.
Mas gosto de como ele se encontra.
E a mim, então... Não me inverteria.
Tem uma sutileza de pranto.
Brota de mim, mas despeja-se nos olhos alheios.
Busco uma nova forma de vida.
Encontro-me em um caminho novo.
Em meio a verdes e amarelos...
Só encontro um azul trêmulo acima de mim.
Tons e mais tons de cores que ainda não conheço.
Caminho certo de um objetivo desconhecido.
Finalizo.
Murilo de Carvalho