quarta-feira, 30 de junho de 2010

Trilheira

Penso em um sol que pode voltar a brilhar.
Lembro que talvez nem raios pode haver nele.
Um flutuar de espírito que age sem asas,
Pois cortadas com o tempo as mesmas foram.

Imagino-me de cabeça para baixo.
Tento ainda colocar o mundo dessa forma.
Mas gosto de como ele se encontra.
E a mim, então... Não me inverteria.

Tem uma sutileza de pranto.
Brota de mim, mas despeja-se nos olhos alheios.
Busco uma nova forma de vida.
Encontro-me em um caminho novo.

Em meio a verdes e amarelos...
Só encontro um azul trêmulo acima de mim.
Tons e mais tons de cores que ainda não conheço.
Caminho certo de um objetivo desconhecido.



Finalizo.
Murilo de Carvalho

domingo, 27 de junho de 2010

Hepta

Tudo começou com um número.
Depois foi acrescentado 7 dígitos.
E o tempo se passou.
Mas de acréscimo, apenas os dígitos e nada mais.

A minha cabeça entrava em pane.
O meu coração às vezes mal conseguia respirar.
E com nada novo eu me deparava.
Apenas novos dígitos.

Dei uma nova chance.
Investi em uma nova oportunidade.
Em vão trabalha o homem...
Mas quem disse em arrependimentos?

De peito aberto enfrentei.
Lutei como uma nobre batalha.
Mas não havia como estar em um tabuleiro;
Impossível jogar sozinho um jogo de duplas estando sozinho.

Retiro-me agora com todas minhas fichas e peças.
Deixo as minhas cores fora de todo esse jogo.
Embarco no meu mundo de sonhos,
Não obstante em busca de uma nova realidade.



Finalizo.
Murilo de Carvalho