sábado, 9 de março de 2013

Não Se Fazem Narizes Vermelhos Como Antes


E essa necessidade que as pessoas têm em chegar à conclusão de quem é o mocinho e quem é o vilão? Bom, pelo menos eu não fiquei com a última caracterização. Talvez até tenha ganhado uma caracterização de ausência de sanidade, visto que há sempre outra necessidade daqueles que estão em desvantagem procurar pela culpa alheia.

Mas basta. Agora, enfim, não há mais necessidade alguma em se fazerem culpados e o cerco se fechou pelo podre e nojento circulo da vaidade. Vaidade esta que é vista em textos despretensiosos, imagens que falam as verdades da falta de caráter e vozes que dizem mais do realmente vão alcançar.

Chega a ser engraçado pelo circo que foi armado. E não me vejo no centro de tal picadeiro, pois eu... Eu simplesmente assisti toda a essa encenação com receios, mas ainda assim tive coragem. E o palhaço tomou conta de um espaço que mal se fazia dele, pois nada era assim tão direcionado. O tal cara do nariz vermelho alimentava ali o seu ego através do humor de má qualidade.

Sinto que ao me levantar da arquibancada, toda a plateia se fez não acreditada por algo que não se esperava. Não vejo ali um “grand finale”, vejo papeis caindo de um alto que não tem relevância, e fez você perder o intenso significado da razão que nunca deixou participar de uma emoção necessária.

O espetáculo chegou ao fim. Não há cortinas a serem fechadas, pois tudo se escancarou frente a esses olhos que sempre viram minhas mãos aplaudindo seus feitos. Entenda: os seus bons feitos. Não deixo nada se comparar a tal inconsequência em deixar um fã ir embora. Cessaram as vendas de tickets, pois dessa vez o show não vai continuar.

Dizem que o sucesso de um número é feito pela soma de uma boa atuação e a verdade que se traz nos olhos. E acredito que dessa forma o fracasso da atração se faz compreensível. Encenação barata, fraca e sem emoção é o que se viu. Respeitável público, o melhor é ver que ali não se teve o que se procurava e admitir que a sorte não fora bem-vinda.



Finalizo.
Murilo de Carvalho