quinta-feira, 31 de maio de 2012

O Grande Laço


Era julho, bem na sua metade, e eu estava ali, como quem realmente não quer nada.
Já conhecia você de ouvir falar, mas nem ao menos um oi havia acontecido.
Você também sabia de mim, mas isso nunca foi o bastante.
Estávamos tão perto; apesar disso também não ter ajudado em nada.
E, então, você foi para longe.


E certa vez eu fui para o seu novo lugar e você me viu caminhando por um shopping.
Você me pediu meu telefone alguns dias depois e a conversa foi infinita.
Que prazeroso era ouvir você contando sua vida e poder contar da minha.
Coisas em comum, coisas engraçadas, coisas.
Lembro que só desligamos o celular, porque já eram 3 horas da manhã. Uow!


Os dias foram se passando e a gente foi se aproximando mais.
Dezenas de ligações e centenas de mensagens.
A gente não parava de pensar um no outro.
Tudo era compartilhado e a gente nunca tinha se falado pessoalmente.
Viramos o diário um do outro.



Dava vontade de estar perto. 
Dava vontade de sentir o cheiro. 
Dava vontade de simplesmente olhar.
Dava muita vontade.
E aí você me surpreendeu.


Exatamente no 15 daquele mês, em uma quinta-feira, você foi me ver.
Como foi bom olhar nos seus olhos e sentir o que eu tava sentindo: curiosidade.
Lembro da sua e da minha roupa naquela noite. 
Nossos braços não queriam soltar o corpo do outro.
Nosso beijo foi um encaixe perfeito.
A gente se cheirava, a gente se tocava. A gente estava tendo, enfim, o nosso encontro.


Ah, noite de lindas memórias...
Memórias que jamais serão apagadas. 

É óbvio esse meu pensamento. Simplesmente óbvio.
Como esquecer o dia em que eu conheci o meu eterno e grande amor?







Finalizo
Murilo de Carvalho

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Por Um Novo Tempo


Ontem a chuva lavou meu entendimento.
Incerto parecia o meu olhar,
Mas a gana por mudanças se instaurou.
Hoje o dia começa com nova força.


Talvez um vento frio me fizesse entender,
Mas só essa límpida água pôde me certificar.
O coração não é um vaso, 
Entretanto adubo é essencial.


Sinto-me como se tivesse sido medicado.
Uma nova injeção, uma nova fórmula.
Inexplicável, mas sinto correndo pelas veias.
Tudo em prol de um novo eu.


Meus sonhos agora se aliam a desejos.
Carnais ou emocionais, aprovo essa mágina mistura.
Encaro meu espelho e a pergunta é única:
Como fazer acontecer?


Então, dou ouvidos para essa voz que vem de dentro
E a resposta se faz clara:
Não sei quando, não sei como.
Todavia, esse dia há de chegar.


Finalizo
Murilo de Carvalho

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Quarteto de Regras

Uma pequena expressão.
Uma atitude desorientada.
Um rumo sem guia.
Uma nova carta.


Sigo a esperança de falar.
Não apenas o abrir de boca.
Mas o silêncio dos meus lábios
Reflete o grito do meu olhar.

Pego caminhos antes não percorridos.
Sigo rotas que eu desconhecia.
Entretanto, encontro luz.
Apesar das sombras fantasmagóricas.


Há um mapa que indica a trilha certa.
Todavia, nunca teremos a certeza de encontrá-lo.
Procuro por vias que me levam a sorrisos,

Mesmo que durante o percurso lágrimas aconteçam.


Escrevo roteiros e busco sintonia.
As palavras já não me são mais vagas.
Procuro por sentimentos em músicas,

Mas encontro vagas memórias inusitadas.


Grande dia será este!
Vivo o imenso prazer de não ter rotina.
Canto flores: rosas, orquídeas e tulipas.
E no alto daquela árvore sobrevivo a novos ninhos.



Finalizo.
Murilo de Carvalho