sexta-feira, 20 de abril de 2012

Minhas veredas. Minhas certezas.

Certa vez eu joguei uma chupeta pelo telhado e lá ela ficou para sempre; ou talvez uma chuva, ou até mesmo um vento, derrubou-a de lá. Mas isso foi só por que eu quis. Mamãe sempre dizia que quando faço é uma motivação da certeza.
É, sou indeciso. Muitos até me acham sem opinião, que sou de deixar outros resolverem. Mas sabe que eu não ligo? Importa-me mais saber que só ajo se eu realmente acredito naquilo, naquela atitude. Assim me deixa mais tranquilo.
Eu pego caminhos e vou tentando construir pontes, mas isso nem sempre me leva para o destino certo. Eu junto um, dois, nove motivos, mas às vezes eles não são tão válidos. Não para mim, mas isso também se refere a quem eu encontro perdido por esses lugares. Lugares que eu descubro que são apenas meus, ou que finjo serem.
Do que adianta acertar? Qual o motivo de ver os próprios erros? Crescimento, acredito eu. Nem sempre compreendido pelas certezas, ou ainda pelas incertezas, continuo não me importando com o que vão pensar, apenas relevo o “me observar”. Enumero, pondero e chego a uma equação. Confuso, não?
Talvez eu queira um tempo que me faça mais certo. Talvez eu mal queira um tempo, apenas uma certa liberdade. Sigo. Autoconfiante e voraz. Sem máculas, sem máscaras, sem mágoas.  Estou aqui, pegando novamente um ou mais caminhos, mas certo disso.
As lembranças vêm dentro da mochila. Pesada, sabe? Mas vou carregar essa experiência e levá-la em prol da minha boa consciência. Em cada novo hotel, um travesseiro me aguardará e eu colocarei ali, tranquilo, minha cabeça. Repouso sereno e revitalizante, celebrando mais uma jornada conquistada.
Bom, hora de sonhar. Novos sonhos? Infelizmente não dá pra saber. Ou será que felizmente? É, felizmente. Chato seria saber qual o sonho dessa noite. Irritante saber que ao acordar surpresa alguma a mim seria revelada. Entretanto, curioso não posso deixar de ser. Daqui a pouco acordo de novo. Ansiedade reina.





Finalizo.
Murilo de Carvalho

2 comentários:

  1. Adorei, Mu.
    Amo a forma com a qual você descreve os seus sentimentos. Diz coisas que muitas pessoas gostariam de dizer, inclusive eu.
    Não suma daqui.
    Amo você.

    Beijo.
    Rafa Cândido

    ResponderExcluir