sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Mudança.

Olhos cheios.
Olhos cansados.
Olhos esperançosos.
Olhos sedentos.
Olhos.

Olhos com vontade de sonhar.
Olhos com medo de enfrentar.
Olhos com intenção de voar.
Olhos com magia de acreditar.
Olhos.

Aqueles olhos que sempre estiveram no mesmo lugar.
Agora, esses mesmos olhos pretendem se mudar.
Nova moradia?
Ainda incerta.
Mas a certeza é uma só: os mesmos se movem pela emoção do ar.


Finalizo.
Murilo de Carvalho.

Um comentário:

  1. Ás vezes penso como seria se pudessemos ver além dos olhos. Ou então, se pudessemos ver todas essas coisas invisíveis aos olhos. Olhos de bola, de cor, de direção. Direção que o vento faz virar, vento que a gente não vê, ventania soprando poeira colorida pelo ar. Os olhos mostram os caminho, mas não escolhem a direção!
    Que o vento sopre lento, ventania, vendaval de vento... que os seus caminhos sejam sempre belos, visto assim levemente a olho nú.

    Me faz bem beber das suas palavras.
    Sua poesia é tão diferente da minha.
    Mas no fundo acho que tudo isso é apenas questão de vento.
    Continua me olhando dai que te olho de cá!

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