domingo, 26 de setembro de 2010

Aquele céu brilhante...

Não era um simples mês,
Era um mês de tristezas.
E elas eram tão grandes
Que nem ao menos me recordo qual o mês.

Doia tanto ouvir uma música
E assim me lembrar do teu rosto.
Lembrar do cheiro, do sabor...
O coração estava destruído.

As lágrimas vinham como chuva.
Aquele sentimento me rasgava como um trovão.
E a distância entre nós aumentava a cada dia
Como se um vendaval nos afastasse.

Às vezes queria que o tempo voltasse
E eu pudesse sentir aquela dor novamente.
Não porque me fazia bem,
Mas porque me mostrava quanto amor eu alimentava.

Não adianta apenas estender as mãos.
Nem ao menos dizer que está ao meu lado.
Preciso de luz que faça flutuar
De um novo Sol ao amanhecer.

Faça-me novo. Reivente-me.
Se ainda preferir me mate todos os dias.
Peço isso não para que me esqueça,
Mas para que tenha a certeza do quanto te faria falta.



Finalizo.
Murilo de Carvalho

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